quarta-feira, 24 de agosto de 2011


Há sempre ao dobrar de cada esquina o despertar de um
Mundo novo…

Pensa
com sensatez antes de dar um passo…
Ele pode não ter retorno.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

...


No meu silêncio converso várias vezes com Deus!

Eu sinto-o presente e numa destas conversas perguntei-lhe, porque me tinha enviado um Anjo em forma de Mulher?

Fez-se silêncio… e perguntei depois: existe algo entre nós: ajuda, amor?

Aí, senti um sinal especial no meu corpo e alma!

Reflecti e lembrei-me de frases dela e outra minha!

Ela: Tu marcaste minha vida, existes dentro de mim!

Eu: Uma completa o outra!

E naquele silêncio de Deus percebi que a voz do silêncio é a voz do Infinito!

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

o meu corpo está debaixo do teu
e tantas vezes me apetece cuspir fogo,
ser de carne e água,
abrir uma flor secreta à razão dos teus lábios,
inspirar-te,
tremer vírgula a vírgula o esquecimento,
segurar-te com as mãos de outra mulher.
mas há uma noite ao fundo deste medo
que se aproxima de nós com uma faca,
há uma noite ao fundo de nós
que se aproxima do medo,
com a fúria do inconcretizável,
e corta, mil vezes, o mesmo braço,
e, na ponta da lâmina, o braço cai.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011


"Ao fim de algum tempo aprendes a diferença, a subtil diferença, entre dar a mão, e acorrentar uma alma. E aprendes que amar não significa apoio, E que companhia nem sempre significa segurança. E começas aprender que beijos não são contratos, E presentes não são promessas. E não importa quão boa seja uma pessoa. Ela vai ferir te de vez em quando, e precisas perdoá-la por isso. Aprendes que falar pode aliviar as dores emocionais. Descobres que se leva anos a construir confiança, e apenas segundos a destruiu-la. E que podes fazer coisas num segundo, de que te arrependerás o resto da vida. Aprendes que as verdadeiras amizades crescem independentemente da distância, e que o que importa não é o que tens na vida, mas quem tens. Descobres que as pessoas de quem tu mais gostas, são te retiradas muito depressa. Por isso, devemos deixá-las sempre com palavras de amor, pois pode ser a última vez que as vimos. Aprendemos que a paciência requer muita prática. Aprendes que a paciência requer muita prática. Aprendes que quando estás zangado, tens direito a estar. Mas isso não te dá o direito de seres cruel. Aprendes que nem sempre é suficiente ser perdoado por alguém. Muitas vezes, tens de aprender a perdoar a ti próprio. Aprendes que com a mesma severidade com que julgas, Tu serás, em algum momento, condenado. Aprendes que não importa em quantos pedaços se partiu o teu coração. O mundo não pára para que o consertes. E, finalmente, Aprendes que o tempo não é algo que se possa voltar para trás. Portanto, Planta o teu jardim e decora a tua alma, Em vez de esperares que alguém te traga flores. E percebes que realmente podes suportar… Que és realmente forte!! Que podes ir muito mais longe, depois de pensares que não podias mais. E que, de facto, a vida tem valor. E que tu tens valor diante da vida. E que só o medo de tentar, Nos faz perder o bem que poderíamos conquistar."

( Será que as palavras não significam nada? Não são as ditas da boca para fora, são as que vem de dentro, as sentidas... Eu penso que essas são "as verdades" da vida! e estas são tão sentidas em mim...

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

...

Tempo — definição da angústia.
Pudesse ao menos eu agrilhoar-te
Ao coração pulsátil dum poema!
Era o devir eterno em harmonia.

Mas foges das vogais, como a frescura
Da tinta com que escrevo.
Fica apenas a tua negra sombra:
— O passado,
Amargura maior, fotografada.

Tempo...
E não haver nada,
Ninguém,
Uma alma penada
Que estrangule a ampulheta duma vez!

Que realize o crime e a perfeição
De cortar aquele fio movediço
De areia
Que nenhum tecelão
É capaz de tecer na sua teia!

sábado, 8 de janeiro de 2011


Num sopro se fez a vida,
num sopro se apaga a chama.
Ecos de silêncio que ilumina
um vácuo que, nem sempre inflama


Se a vida cobra..
A morte chama....

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

sou capaz de enlouquecer,
sei que sabes que sou capaz,
olho para ti,

imagino que abro as grandes pestanas do mundo,
como um templo vindouro de gestos imateriais,
onde o eco dos passos é só
o bater do coração.

tenho as mãos quase rotas,
toco-te
na exaustão de não te poder tocar,

o sabugo das unhas desfeito,
o meu corpo um vaso de sangrar morangos,
a geleia intacta,

palavrinhas aqui
e aqui
de volta de mim
que não falam,
fico surda, entendes,

deito-me no chão,
quase sempre, nua no granito,
pensa nisso,

está um arco feminino vulcânico sobre uma pedra,
a cabeça move-se sem pressa como uma coisa sólida,
a língua sai e entra na boca, devagar,
saliva-te poro a poro

e morro uma,
duas,
três,

incontáveis vezes,