sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

...

Se me ponho a cismar em outras eras
Em que ri e cantei, em que era querida,
Parece-me que foi noutras esferas,
Parece-me que foi numa outra vida...
E a minha triste boca dolorida,
Que dantes tinha o rir das primaveras,
Esbate as linhas graves e severas
E cai num abandono de esquecida!
E fico, pensativa, olhando o vago...
Toma a brandura plácida dum lago
O meu rosto de monja de marfim...
E as lágrimas que choro, branca e calma,
Ninguém as vê brotar dentro da alma!
Ninguém as vê cair dentro de mim!

6 comentários:

  1. Olá Amiga, exelente poema...magnifica fotografia...Gostei muito !
    Beijo

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  2. Olá Querida,
    que boa ideia,tu e ela.
    Como ligam bem.
    Adorei.
    beijinhos e bom fim-de-semana

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  3. condensar o mundo num só grito. e fazia-o de uma maneira "desajustadamente" brilhante.

    tenho um espaço novo, que espero continuar. estou naquela fase abre fecha, naoseioquequero.

    beijo querida xana

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  4. Xana, "outras Eras", "outras esferas" são espaços reais que devem, ou não, ser recordados. Contudo, o recordar não quer dizer, comparar. Recorda as, tuas, Eras passadas novamente com sorrisos. Mas se não forem sorrisos e forem lágrimas, então que brotem, para fora, e sejam de alegria para os outros as verem.
    até

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  5. Este comentário foi removido por um gestor do blogue.

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  6. Querida Xana,
    obrigada pela confiança.
    Agora, além de tudo o resto tens um rosto.
    Adorei.
    Beijinhos

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