Sento-me à beira da vida e, num suspiro de alívio descalço os sapatos de sola gasta de percorrer a estrada, que busca a felicidade. Levanto-me a caminho, em direcção a uma luz que avisto ao longe, quase tão gasta como os meus sapatos de cristal. A passos largos e certeiros vou ao seu encontro, cada vez vejo-a mais longínqua, estou cansada tenho sede e fome, doem-se-me os pés e a alma, meu corpo cai na terra molhada, sujando o meu vestido de fios de ouro, meu rosto cai sobre uma pedra laminada pelo tempo, fazendo um golpe profundo na minha face. Tento levantar-me mas não consigo, deixo-me ficar debruçada sobre algo que não consigo visualizar, os meus olhos estão presos no sangue que pinga na lama da minha estrada. Caio… Perdi os sentidos e, nos meus sonhos vejo a luz, vejo-a com exactidão e, consigo tocar-lhe é fresca e possui um aroma divinal. Um som ensurdecedor obriga-me a acordar, fazendo o meu corpo reagir ao frio que está presente. Abro os olhos, olho em redor e, vejo essa luz… Fecho-os de novo, coloco as mãos no chão e levanto-me... sinto o corpo dorido, os pés têm feridas abertas, o meu rosto está completamente desfigurado pelo golpe profundo. Uma força interior invade os meus sentidos, percorrendo o meu corpo a uma velocidade feroz, fazendo o meu corpo reagir. Ainda não alcancei a luz que está na minha estrada.
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Mas como guerreira que sou não deixar de lutar, por mais feridas que faça no meu caminho, vou encontrar sempre as forças para alcançar a minha felicidade.
2 comentários:
A vida só nos dá provações à medida das nossas capacidades...
Beijo...
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