domingo, 17 de fevereiro de 2008

...

Quando vir vaguear o corpo da noite
dançante, por entre os cascos da bruma,
virei até à janela que se despenha
no jardim das palavras.

Pedirei à sombra que me conceda ainda o verso
o verso sujo, lâmina ou centelha
ateando a manhã, entre o café
e este lume do silêncio,
a arder pela flor da giesta.

Não mais cantar senão o ar
ou as mãos que poisam, tão quietas
detentoras de incerteza, apenas.
Ficar assim, no olhar destas vidraças
onde julgo ver a vida que sonho ser.

6 comentários:

  1. "Ficar assim, no olhar destas vidraças
    onde julgo ver a vida que sonho ser"

    muito bonito este texto.

    um cantinho agradavel..

    um bj

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  2. um beijo para este começo de dia. de semana.

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  3. Ó Xana!
    Nunca me preocupei muito com o que escrevo, mas ao ler-te, sinto que gostaria de saber escrever assim! :) Lindissímo amiga :)
    Um beijo e um sorriso para ti

    de mim

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  4. Olá amiga, gostei muito do texto.

    Quando uma pessoa
    tem confiança,sonha
    luta e espera.

    Beijos

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  5. Nem sempre os vidros nos dão a verdade do que pensamos ou sonhamos. É muito bonito o texto e é tentador apreciar o que nos dizes.

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