domingo, 26 de abril de 2009

...

Às vezes sou precisa como bússola.
Em outras, me perco na vastidão de mim.
Às vezes sou asas imensas.
Em outras, sou chão, raízes firmes.
Às vezes sou âncora segura.
Em outras, um barco a deriva.
Às vezes sou olhar calmo e sereno.
Em outras, todo o espanto nos olhos.
Às vezes vou ao limite, sou ponto final.
Em outras, um mundo de reticências.
Às vezes, sou o doce do (re) encontro.
Em outras, o amargo sabor da saudade.
Às vezes, a calmaria de águas plácidas.
Em outras, a ferocidade do mar revolto.
Às vezes, sou céu azul e límpido.
Em outras, sou chuva torrencial.
Às vezes, sou cores vibrantes.
Em outras, uma soturna palidez.
Às vezes, sou música contagiante.
Em outras, abissal silencio se faz.
Às vezes, sou inteira.
Em outras, sou fragmentos.
Às vezes, sou trovas, rimas, e cantos.
Em outras, me calo...
E deixo o silêncio falar...

1 comentário:

Teresa Durães disse...

Às vzes sou Jazz
e os instrumentos libertam-se