segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

...


Compreendo que do outro lado de mim
Haja um quarto vazio
Sem uma gota de memória
Dos lapsos da minha história
Compreendo que o meu tempo esteja errado
Equivocado
E viva à frente da minha memória
Fico zangada comigo quando não o agarro
Ou o deixo fugir
Compreendo mas cansa-me a inteligência abstracta
Compreendo no quarto vazio
As memórias sem data

4 comentários:

Cristina Fernandes disse...

Um belíssimo poema para este inicio de ano.
Um beijo
Chris

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá amiga, gostei do poema...Espectacular....
Beijos

Alien8 disse...

Muito belo, tal como a foto!

Teresa Durães disse...

por vezes estamos assim: tudo o que nos rodeia está deserto ou apenas com as memórias que não as queremos.