quinta-feira, 30 de agosto de 2007

Estranha Placidez...


Depois do dia em que me perdi de mim,
deixo-me dormitar sem forças numa caverna
fresca e penumbrosa.
Bendigo a placidez estranha
que torna indiferente a chegada e a partida,
e espalha uma neutra cor de mesmo
nos acontecimentos do dia.
Quero viver o privilégio do incomunicado,
mantendo, ao largo, por algum tempo,
anjos e demónios em seus domínios, sedados.
Ficar silente, aquietada e vazia,
numa espécie de sossego,
sem medo e sem sonho.
Poder acolher meus enigmas,
despedir-me, docemente,
de muitas certezas.
Nesse espaço dentro de mim,
hei de perguntar:
Se, de mim, realmente me perdi
ou se esqueci de me procurar.

( Hoje. não sei porquê. a tamanha certeza da minha solidão. ninguem vivo... chega a mim com verdade sentida, simplesmente sem eu chamar... )

5 comentários:

butterfly disse...

Não alimentes a solidão, é muito mau para a alma.
Procura os amigos e deixa fluir essa nostalgia sem te preocupares muito.
Falar é fácil:)
Beijo

Teresa Durães disse...

costumo dizer que nascemos e morremos sós. Ao contrário da borboleta não penso que a solidão faz mal à alma.
O que faz é não compreendê-la.

Mas eu sempre me considerei solitária e só. Sou feliz e infeliz assim. Sou gente.

Procuro o que sou cá dentro. Faço disso o meu hino. Seja feio ou bonito, pouco me interessa. Sou eu. Eu no só, nos "Esquecidos" e em todos os locais onde pouso. Porque nós somos um espírito corpo que coincide em lugares com outros. às vezes. outras nem por isso. só a minha forma de pensar, claro. Ao contrário de ti, não penso que o Amor seja tudo.

beijos

Teresa Durães disse...

P.S: É nmais fácil entregarmos a alma ao padre do que, tal protestantes, falarmos directamente com Deus...

woman feelings disse...

Xana tou aqui! :)))

Beijinhos e bom fim de semana!

Cadinho RoCo disse...

É sempre muito pertinente revermos nossas certezas.
http://cadinhoroco.loginstyle.com