sábado, 13 de setembro de 2008

Há tempo que o tempo explica...

Nesta tarde,
Sobra-me o tempo disperso

Das almas vagabundas.

O equinócio aproxima-se
Com seus abraços demorados

E eu sei os possíveis fados
Que as folhas cantam
Na vertiginosa viagem.

E ele é lógico,
Pois os dias e as noites
Não mais se transformam

E a vida tornar-se-á igual,
Independentemente
Dos trinados felinos
Nos telhados, sob a atenção lunar,
Independentemente
Da força da candeia eterna
A emergir dos montes.

Nesta tarde,
Sobra-me o tempo
Da exactidão e da lucidez
Do momento.

Que é tudo o que invento...

2 comentários:

Teresa Durães disse...

a lucidez mata muitos sonhos...

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá Xana, espectacular...
Beijos