domingo, 7 de setembro de 2008

...

«Só o tempo realmente escreve
e usa como pena o nosso corpo.
Pelas estradas, num cinema,
numa cama essa caligrafia é perdida
e é atroz o descuido dos deuses e dos homens.
O que acaba chegando ao papel
é só o comentário que sobrou
de um poema eternamente disperso.
Modesta nota de pé-de-página,
decalque de um conto,
é o último índice de todos os índices.»

2 comentários:

Sky Walker disse...

Gostei de te ver e ler novamente.
Beijo meu

Teresa Durães disse...

os poemas são um retrato de um situação mas não explicam tudo