Se soubesse dizer-te do que vejo no lado de dentro
das palavras, quando tropeço numa ideia ou numa sílaba ou num gato preto agasalhado pelo sol vadio dos meus olhos?;
Se soubesse falar-te sem derivas da teia que me prende ao abandono nestes
dias apressados do Outono?;
Se soubesse calar-te a minha dor estrangulada pelos passos impossíveis, mal me adentro a pensar no amanhã
das palavras, quando tropeço numa ideia ou numa sílaba ou num gato preto agasalhado pelo sol vadio dos meus olhos?;
Se soubesse falar-te sem derivas da teia que me prende ao abandono nestes
dias apressados do Outono?;
Se soubesse calar-te a minha dor estrangulada pelos passos impossíveis, mal me adentro a pensar no amanhã
(quando esse amanhã pode fugir-me, e sem deixar aviso ou recado?);
se soubesse dizer-te desta dúvida que me rói no agudo descompasso entre o dentro e o fora a que me abraço?;
Soubesse eu... e terias certamente um poema sem palavras, simplesmente.
se soubesse dizer-te desta dúvida que me rói no agudo descompasso entre o dentro e o fora a que me abraço?;
Soubesse eu... e terias certamente um poema sem palavras, simplesmente.
2 comentários:
o silêncio...
que sabemos nós?
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