Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.
No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.
Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.
Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.
Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.
7 comentários:
Olá Vanda
Adoro Eugénio de Andrade e muito particularmente este poema.
Gosto de poesia um pouquinho "erótica"..."apimentada"...assim como deve ser a vida.
Bjs.
Voltei
Há pouco faltou-me o termo.
O poema é sensual!
Bjs.
um belo poema, pleno de sensualidade.
beijo, Vanda.
O silêncio como a dor, são cegos quando se instalam.
Eugénio de Andrade é uma lufada de ar fresco em tudo o q já se leu. Boa escolha!!!
Vanda,
Bela escolha. Eugénio, sempre!
Um beijo.
cego o silêncio.
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Cego, mas que consegue ver!
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Fica bem.
E a felicidade por aí.
Manuel
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