quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Perdi os Meus Fantásticos Castelos


Perdi meus fantásticos castelos
Como névoa distante que se esfuma...
Quis vencer, quis lutar, quis defendê-los:
Quebrei as minhas lanças uma a uma!

Perdi minhas galeras entre os gelos
Que se afundaram sobre um mar de bruma...
- Tantos escolhos! Quem podia vê-los? –
Deitei-me ao mar e não salvei nenhuma!

Perdi a minha taça, o meu anel,
A minha cota de aço, o meu corcel,
Perdi meu elmo de ouro e pedrarias...

Sobem-me aos lábios súplicas estranhas...
Sobre o meu coração pesam montanhas...
Olho assombrada as minhas mãos vazias...

2 comentários:

antonio ganhão disse...

Quebrar as lanças sobre as mãos vazias com assombro e nada mais há a dizer.

Teresa Durães disse...

o regresso à tortura das palavras, as sombras sempre a perseguir. talvez os castelos imaginários nunca tenham existido, somente a poeira do universo que nos confunde.

nesta terra de ninguém onde escrevo e sei que não preciso de oferecer a voz a ninguém, reconheço o que sou. A lança que sempre foi quebrada, receosa da humanidade, cão estilhaçado por ninguém