O mundo ás vezes parece que gira ao contrário.
A verdadeira miséria é a indiferença. A deles, mas sobretudo a nossa.
Esquina da Indiferença
Tinha nos olhos negros o reflexo da solidão.
Na magreza do corpo envelhecido, as rugas da alma nua.
A barriga, em vez de pão, enchera-a com sopa de nada e ilusão.
Dormia ali no chão, frio e sujo, na esquina da indiferença da cidade crua. Aos corações ausentes, de passos apressados e vidas sem sentido, estendia as mãos abertas.
Lábios cerrados, num acto de dignidade ferida.
A chaga aberta, continuamente a sangrar no seio da cidade.
Até quando?
"Não haja medo que a sociedade se desmorone sob um excesso de altruísmo. Não há perigo desse excesso."
Fernando Pessoa - Aforismos e Afins
4 comentários:
Uma temética pertinente, vale a pena escrever sobre algo tão lamentável...
E a viagem começa
Sem rumo nem distância
Serei timoneiro de alva barca
Pelo rumo da tua lembrança
Mar de sonhos mil
Oceano de tanta contradição
A ternura invade o caminho
Que leva ao teu coração
Bom fim de semana
Doce beijo
Olá cara amiga,
gosto da imagem e
do tema...E também
do poema.
Na verdade,para a maioria dos politicos...Os sem Abrigo são ignorados.
Solideriedsde só em tempo de
eleições.
Às vezes não sofro
Ou então sofro tanto
Em lume brando
Que nem dou por isso
Sei que existo
Sou teimoso
E aguento:
Estou vivo
E já não ligo
Encostei-me para aqui
E fechei a porta
(Poema de António Manuel Ribeiro)
Fica Bem!
Um Abraço Amigo
Chana
Espantoso como tanto tempo depois, tudo continua igual.
Fiquei de lágrimas nos olhos, e uma raiva...
Beijinhos
excelente o texto. grandiosa a imagem.
sopas de nada e ilusões.
beijo, xana.
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