Eles não sabem que o sonho é uma constante da vida, tão concreta e definida como outra coisa qualquer. Como esta pedra cinzenta, em que me sento e descanso, como este ribeiro manso em serenos sobressaltos, como estes pinheiros altos, que em verde e oiro se agitam, como estas aves que gritam, em bebedeiras de azul. Eles não sabem que o sonho é vinho, é espuma, é fermento, bichinho álacre e sedento de focinho ponte agudo que fossa através de tudo num perpétuo movimento.
Eles não sabem que o sonho é tela, é cor, é pincel, base, fuste, ou capitel, arco em ogiva, vitral, pináculo de catedral, contraponto, sinfonia, máscara grega, magia, que é retorta de alquimista, mapa do mundo distante, rosa-dos-ventos, Infante, caravela quinhentista, que é cabo da Boa Esperança, ouro, canela, marfim, florete de espadachim, bastidor, passo de dança, Columbina e Arlequim, passarola voadora, pára-raios, locomotiva, barco de proa festiva, alto forno, gerador, cisão do átomo, radar, ultra som, televisão, desembarque em foguetão, na superfície lunar.
Eles não sabem nem sonham, que o sonho comanda a vida e que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança, como bola colorida entre as mãos de uma criança.
(António Gedeão)
Quem não gosta de recordar as sábias palavras de António Gedeão?! sem dúvida que a vontade de tornar os sonhos reais sempre foi e será a força motriz da mudança, da evolução. Pena é que esta força se tenha esmorecido, dando lugar ao medo da Vida, que nos transforma em meras marionetas que se movimentam mecanicamente ao som das vontades alheias, dos conceitos pré-estabelecidos.
Deixámos de ser comandantes do barco da nossa existência, temos receio de viver o que sentimos, achamos mais fácil não ter de fazer escolhas que nos obrigam sempre a deixar alguma coisa para trás...
Em tempo de recordar… será este o meu percurso no caminho restante?
Eles não sabem que o sonho é tela, é cor, é pincel, base, fuste, ou capitel, arco em ogiva, vitral, pináculo de catedral, contraponto, sinfonia, máscara grega, magia, que é retorta de alquimista, mapa do mundo distante, rosa-dos-ventos, Infante, caravela quinhentista, que é cabo da Boa Esperança, ouro, canela, marfim, florete de espadachim, bastidor, passo de dança, Columbina e Arlequim, passarola voadora, pára-raios, locomotiva, barco de proa festiva, alto forno, gerador, cisão do átomo, radar, ultra som, televisão, desembarque em foguetão, na superfície lunar.
Eles não sabem nem sonham, que o sonho comanda a vida e que sempre que um homem sonha o mundo pula e avança, como bola colorida entre as mãos de uma criança.
(António Gedeão)
Quem não gosta de recordar as sábias palavras de António Gedeão?! sem dúvida que a vontade de tornar os sonhos reais sempre foi e será a força motriz da mudança, da evolução. Pena é que esta força se tenha esmorecido, dando lugar ao medo da Vida, que nos transforma em meras marionetas que se movimentam mecanicamente ao som das vontades alheias, dos conceitos pré-estabelecidos.
Deixámos de ser comandantes do barco da nossa existência, temos receio de viver o que sentimos, achamos mais fácil não ter de fazer escolhas que nos obrigam sempre a deixar alguma coisa para trás...
Em tempo de recordar… será este o meu percurso no caminho restante?
3 comentários:
Olá Amiga,boa imagem...Exelente texto !
Beijos
Só hoje pude vir,o tempo está sem tempo,que emoção senti ao ler como descreves o meu espaço...muito grata fico,e mais a lembraça em premio,que o guardadrei como bem precioso em meu coração...
Como é belo este poema,o sonho que quimera é quando não se torna realidade,que os Teus se realizem
em doce canto...
Doce meu beijo
Este poema de António Gedeão é soberbo de sabedoria e escrita. Compreendido por uns, muito mal compreendido por muitos...muitos...
É bonito da tua parte fazer-nos relembrar, mas... não podes disistir de lutar na vida fazendo com que os sonhos se tornem realidade. Tudo tem mudado, mas não quer dizer que nós sejamos derrotados. Vamos a aprender viver e ensinar aqueles que precisam saber.
até
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