domingo, 17 de fevereiro de 2008

...

Quando vir vaguear o corpo da noite
dançante, por entre os cascos da bruma,
virei até à janela que se despenha
no jardim das palavras.

Pedirei à sombra que me conceda ainda o verso
o verso sujo, lâmina ou centelha
ateando a manhã, entre o café
e este lume do silêncio,
a arder pela flor da giesta.

Não mais cantar senão o ar
ou as mãos que poisam, tão quietas
detentoras de incerteza, apenas.
Ficar assim, no olhar destas vidraças
onde julgo ver a vida que sonho ser.

6 comentários:

A vida.... disse...

"Ficar assim, no olhar destas vidraças
onde julgo ver a vida que sonho ser"

muito bonito este texto.

um cantinho agradavel..

um bj

isabel disse...

um beijo para este começo de dia. de semana.

MIMO-TE disse...

Ó Xana!
Nunca me preocupei muito com o que escrevo, mas ao ler-te, sinto que gostaria de saber escrever assim! :) Lindissímo amiga :)
Um beijo e um sorriso para ti

de mim

Fernando Santos (Chana) disse...

Olá amiga, gostei muito do texto.

Quando uma pessoa
tem confiança,sonha
luta e espera.

Beijos

Teresa Durães disse...

os vidros escondem muitas verdades

Sérgio Figueiredo disse...

Nem sempre os vidros nos dão a verdade do que pensamos ou sonhamos. É muito bonito o texto e é tentador apreciar o que nos dizes.