domingo, 29 de março de 2009

Que importa?...

Eu era a desdenhosa, a indiferente.
Nunca sentira em mim o coração
Bater em violências de paixão,
Como bate no peito à outra gente.

Agora, olhas-me tu altivamente,
Sem sombra de desejo ou de emoção,
Enquanto as asas loiras da ilusão
Abrem dentro de mim ao sol nascente.




Minh'alma, a pedra, transformou-se em fonte;
Como nascida em carinhoso monte,
Toda ela é riso, e é frescura e graça!

Nela refresca a boca um só instante...
Que importa?... se o cansado viandante
Bebe em todas as fontes... quando passas?...

2 comentários:

Teresa Durães disse...

Florbel Espanca é sempre belo

isabel disse...

"- As almas das poetisas são todas feitas de luz, como as dos astros: não ofuscam, iluminam...."

tu, irradias

FE