sexta-feira, 6 de março de 2009

Tempo Fluvial

"Se eu definisse o tempo como um rio, a comparação levar-me-ia a tirar-te de dentro da sua água, e a inventar-te uma casa. Poria uma escada encostada à parede, e sentar-te-ias num dos seus degraus, lendo o livro da vida. Dir-te-ia: «Não te apresses: também a água deste rio é vagarosa, como o tempo que os teus dedos suspendem, antes de virar cada página.» Passam as nuvens no céu; nascem e morrem as flores do campo; partem e regressam as aves; e tu lês o livro, como se o tempo tivesse parado, e o rio não corresse pelos teus olhos."

2 comentários:

Teresa Durães disse...

mas se fosse um rio perderíamos a memória dos tempos passados. ou não?

Xana disse...

Teresa
.. A memória flutuava junto com a corrente...assim...