sexta-feira, 15 de junho de 2007

"Eu"

O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem de ir
vendo tudo.

Mesmo a ausência dele é uma coisa que está comigo.
E eu gosto tanto dele que não sei como o desejar.
Se o não vejo, imagino-o e sou forte como as
árvores altas.


Mas se o vejo tremo, não sei o que é feito do que
sinto na ausência dele.

Toda eu sou qualquer força que me abandona.
Toda a realidade olha para mim como um girassol
com a cara dele no meio.

1 comentário:

Teresa Durães disse...

lindo! e eu tão frágil e tão estupidamente humana (para não dizer outra coisa)

beijo