terça-feira, 19 de junho de 2007

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Trocamos olhares
como se trocam poemas
e os poemas entrelaçam-se
como se cruzam os olhares,
como se sentem os dedos
nos dedos,
como se sentem os lábios
nos lábios e o suor...
e o sangue
e até as lágrimas
que, furtivas, nos lambem,
ardendo-nos na face,
por as querermos esconder...
hoje acordei
sem a sombra pálida
da cruz dos dias,
hoje foi dia de sonhar nua

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