quarta-feira, 24 de dezembro de 2008


Hoje, de algum lugar
longe destas terras,
um olhar especial de alguém especial
de distantes origens.

Um olhar de um justo coração
que pulsa só a vida
que sorri porque ama plenamente
sem julgos, sem conceitos,
sem prisões.
Hoje, como ontem
longe destes céus
há um encantado olhar só para você.

Nesse olhar, nesse fitar,
vai para você a magia da luz
a simplicidade do perdão
a força para comungar a vida.

E a esperança
de dias mais radiantes de paz.
Hoje, de algum lugar dentro de você,
alguém que já o amou muito
e ainda o ama
diz para você que valeu a pena
ter estado nestas terras
sob estes céus
falando de união, paz, amor e perdão.

Só para você saber
que hoje é Natal.

E poder sentir a força
que faz você sorrir.

E continuar o caminho que,
um dia,
aquele doce olhar iniciou para você!

Feliz Natal 2008, um 2009 de Realizações!

domingo, 7 de dezembro de 2008

Hoje...

Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.