domingo, 29 de março de 2009

Que importa?...

Eu era a desdenhosa, a indiferente.
Nunca sentira em mim o coração
Bater em violências de paixão,
Como bate no peito à outra gente.

Agora, olhas-me tu altivamente,
Sem sombra de desejo ou de emoção,
Enquanto as asas loiras da ilusão
Abrem dentro de mim ao sol nascente.




Minh'alma, a pedra, transformou-se em fonte;
Como nascida em carinhoso monte,
Toda ela é riso, e é frescura e graça!

Nela refresca a boca um só instante...
Que importa?... se o cansado viandante
Bebe em todas as fontes... quando passas?...

quinta-feira, 26 de março de 2009

Aqui.. Agora

Ao longe, ao luar,
No rio uma vela,
Serena a passar,
Que é que me revela?
Não sei, mas meu ser
Tornou-se-me estranho,
E eu sonho sem ver
Os sonhos que tenho.

Que angústia me enlaça?
Que amor não se explica?
É a vela que passa
Na noite que fica.






A angústia é o preço que se paga pela lucidez.

terça-feira, 24 de março de 2009

Sim...TU

Tu és parte de um naufrágio.
Um destroço inigualável já encontrado mas que ainda não se deixou abrir.


Não repouso,
não vislumbro
Não existe o concreto.

Apenas um sonho...eterno!?
e a vida a descoberto
.

segunda-feira, 23 de março de 2009

...

I am not selfish...I'm in love!

But for wanting you all the time

I probably do almost anything...

I am not masoquist...
whit open eyes
I´m blind with you!

But as if my heart could fly...

I allways will find wings

to be next to you.


sexta-feira, 20 de março de 2009

As Sem-Razões do Amor...

Eu te amo porque te amo.
Não precisas ser amante,
E nem sempre sabes sê-lo.
Eu te amo porque te amo.
Amor é estado de graça
E com amor não se paga.
Amor é dado de graça,
É semeado no vento,
Na cachoeira no eclipse.

Amor foge a dicionários
E a regulamentos vários.
Eu te amo porque não amo
Bastante ou demais a mim.
Porque amor não se troca,
Nem se conjuga nem se ama.
Porque amor é amor a nada,
Feliz e forte em si mesmo.

Amor é primo da morte,
E da morte vencedor,
Por mais que o matem (e matam)
A cada instante de amor.

(Carlos Drummond de Andrade)

quinta-feira, 19 de março de 2009

...

Fecha a porta depois de uma amizade longa e cheia de carinho e respeito, o meu amor que se lixe…de repente age como se nunca houvesses existido!?.
Aí tu não passas de um ser descartável. Afinal, descartável é a tónica do momento, mas para mim nunca se aplicou a pessoas!

Que triste!... que raiva!
ADEUS!
Amo-te.

quarta-feira, 18 de março de 2009

...

Com o que chamam “tempo”, vamos percebendo que para ser “feliz” com uma outra pessoa, é preciso, em primeiro lugar, não precisar dela. Perceber também que aquela pessoa que se ama (ou acha que ama) e que não quer mais nada em momentos mudos senão a “solidão” própria, definitivamente, não é o homem ou a mulher da sua vida… (mas, o que interessa o que se pensa quando se gosta mesmo assim) aprender a gostar de nós, a cuidar de nós e, principalmente, a gostar de quem também gosta de nós.

O segredo é não correr atrás das borboletas... É cuidar do jardim para que elas venham poisar. No final das contas, vamos achar não quem estamos procurando, mas quem estava procurando por nós!

quarta-feira, 11 de março de 2009

...



De tudo só ficam três coisas:
A certeza de que estamos sempre começando.
A certeza de que é preciso continuar.
A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar.

Portanto devemos fazer:

Da interrupção um novo caminho.

Da queda, um passo de dança.

Do medo, uma escada.

Do sonho, uma ponte.

Da procura, um encontro...

Olha, olha para mim...
Olha com atenção...
Agora ouve o coração bater…
Acredita...
Aconteça o que acontecer
Ele irá continuar assim...

domingo, 8 de março de 2009

sábado, 7 de março de 2009

sexta-feira, 6 de março de 2009

Tempo Fluvial

"Se eu definisse o tempo como um rio, a comparação levar-me-ia a tirar-te de dentro da sua água, e a inventar-te uma casa. Poria uma escada encostada à parede, e sentar-te-ias num dos seus degraus, lendo o livro da vida. Dir-te-ia: «Não te apresses: também a água deste rio é vagarosa, como o tempo que os teus dedos suspendem, antes de virar cada página.» Passam as nuvens no céu; nascem e morrem as flores do campo; partem e regressam as aves; e tu lês o livro, como se o tempo tivesse parado, e o rio não corresse pelos teus olhos."