Deixo as palavras dançarem no meu peito, como se rodopiassem dormentes nas minhas mãos. Soltam-se sementes de girassóis que procriam nessa terra de ninguém. São palavras de vida, palavras cheias de trigo que se faz pão, palavras que amam as mãos que as possuem e fazem delas corpo amado.
Voam de finito em infinito, cobrem de brisa selvagem o papel em que te transformas e dizem de amor...as palavras, como se tão somente para isso tivessem sido inventadas naquele princípio do mundo em que tu e eu nos encontramos.E não voam com o vento...as palavras, fazem-se raiz de terra presa em ti…abraço que trepa em caule de nós.Dizem dos sonhos e de horas incertas em que se baralham para novas palavras criarem e fazem do mundo um lego por construir...nenhuma babel as pode derrubar quando de palavras em silêncio se tornam as palavras em que te AMO.