quarta-feira, 12 de maio de 2010

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Entre os teus lábios
é que a loucura acode,
desce à garganta,
invade a água.

No teu peito
é que o pólen do fogo
se junta à nascente,
alastra na sombra.

Nos teus flancos
é que a fonte começa
a ser rio de abelhas,
rumor de tigre.

Da cintura aos joelhos
é que a areia queima,
o sol é secreto,
cego o silêncio.

Deita-te comigo.
Ilumina meus vidros.
Entre lábios e lábios
toda a música é minha.

sexta-feira, 7 de maio de 2010

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Discutir a beleza das pedras seria uma tolice.
de mãos dadas com a perfeição, tal como estas,
não têm, a beleza, de existir ou superar-se.

Por outro lado,
ambas existem na ausência de expoentes:
perfeição é mais a busca que o conceito;
beleza não é a evolução da identidade,
é antes o olhar sábio sob o passar dos dias.

A pedra esquece o conceito, superando-o,
e observa os dias, deixando-os passar.

quarta-feira, 5 de maio de 2010

Despertar


É um pássaro,é uma rosa,
é o mar que me acorda?
Pássaro ou rosa ou mar,
tudo é ardor,tudo é amor.
Acordar é ser rosa na rosa,
canto na ave,água no mar