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segunda-feira, 31 de agosto de 2009

...

"Reconhecer a verdade como verdade, e ao mesmo tempo como erro; viver os contrários, não os aceitando; sentir tudo de todas as maneiras, e não ser nada, no fim, senão o entendimento de tudo [...]".

"Ela atravessa todos os mistérios e não chega a conhecer nenhum, pois lhes conhece a ilusão e a lei. Assume formas com que, e em que, se nega, porque, como passa sem rasto recto, pode deixar o que foi, visto que verdadeiramente o não foi. Deixa a Cobra do Éden como pele largada, as formas que assume não são mais que peles que larga.
E quando, sem ter tido caminho, chega a Deus, ela, como não teve caminho, passa para além de Deus, pois chegou ali de fora"

Todos os caminhos na vida, no mundo e na lei nunca são rectilíneos.

domingo, 10 de maio de 2009

... Só

Quero te ter
Na medida mais precisa que eu puder.
Mas amar-te sem medida e ficar na tua vida
Da maneira mais discreta que eu souber.
Sem tirar-te a liberdade
Sem jamais te sufocar.
Sem forçar tua vontade.
Sem falar, quando for hora de calar.
E sem calar, quando for hora de falar.
Nem ausente ... nem presente por demais.
Simplesmente , calmamente ... ser-te PAZ


(agora... uma indiferente a transbordar de ternura...)

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

Saudades...

Procure os seus caminhos, mas não magoe ninguém nessa procura.
Arrependa-se, volte atrás,peça perdão!
Não se acostume com o que não o faz feliz
revolte-se quando julgar necessário.
Alague seu coração de esperanças, mas não deixe que ele se afogue nelas.
Se achar que precisa voltar,volte! Se perceber que precisa seguir,siga!
Se estiver tudo errado,comece novamente.
Se estiver tudo certo,continue.
Se sentir saudades,mate-a.
Se perder um amor,não se perca!
Se o achar,segure-o!

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Amei-te...


Amei-te e por te amar só a ti eu não via...
Eras o céu e o mar, eras a noite e o dia...
Só quando te perdi é que eu te conheci...

Quando te tinha diante do meu olhar submerso
Não eras minha amante... Eras o Universo...
Agora que te não tenho, és só do teu tamanho.

Estavas-me longe na alma, por isso eu não te via...
Presença em mim tão calma, que eu a não sentia.
Só quando meu ser te perdeu vi que não eras eu.

Hoje eu busco-te e choro por te poder achar
Não sequer te namoro, como te tive a amar...
Nem foste um sonho meu... porque te choro eu?

E hoje pergunto em mim quem foi que amei, beijei
Com quem perdi o fim aos sonhos que sonhei...
Procuro-te e nem vejo o meu próprio desejo...

Que foi real em nós? Que houve em nós de sonho?
De que nós fomos de que voz o duplo eco risonho
Que unidade tivemos? O que foi que perdemos?

Amamo-nos deveras? Amamo-nos ainda?
Se penso vejo que eras a mesma que és...
E finda tudo o que foi o amor; assim quase sem dor.

Sem dor... Um pasmo vago de ter havido amar...
Quase que me embriago de mal poder pensar...
O que mudou e onde? O que é que em nós se esconde?

Talvez sintas como eu e não saibas senti-lo...
Ser, é ser nosso véu, amar é encobri-o,
Hoje que te deixei é que sei que te amei...

Que importa? Se o que foi entre nós foi amor,
Se por te amar me dói já não te amar, e a dor
Tem um íntimo sentido, nada será perdido...

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

De tudo...



De tudo só ficam três coisas:

A certeza de que estamos sempre começando.

A certeza de que é preciso continuar.

A certeza de que seremos interrompidos antes de terminar.

Portanto devemos fazer:


Da interrupção um novo caminho.

Da queda, um passo de dança.

Do medo, uma escada.

Do sonho, uma ponte.

Da procura, um encontro...