Conheço bem Albert e Marta sei o quanto se amam em silêncio e à distância e não sei dizer como acabará a sua história. Ele destrói-se, ela defende-se. Cada um deles faz por desejar ou fingir desejar a salvação própria, mas, acima de tudo, teme a salvação do outro. O silêncio é o que lhes resta, o que os une, uma finíssima película de tempo suspenso, para além da qual não há nada mais do que a escuridão dos abismos. E, por isso, nenhum deles ousa qualquer palavra, qualquer gesto, qualquer coisa que possa romper esse ténue fio que os prende à eternidade.

É uma história triste e sem fim feliz à vista. Conto-a, porque me parece que ela encerra uma lição útil: ...nunca devemos amar em silêncio, nada é mais perigoso do que dividir com outrem os pensamentos vividos em silêncio.
2 comentários:
Olá Cara amiga, belo texto...Espectacular....
Beijo
Conhecia este texto porque tenho o livro.
Mas tens toda a razão: não partilhar os nossos pensamentos com quem amamos, não dá bom resultado.
Beijinhos amiga
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