quinta-feira, 28 de maio de 2009

...


Sim… a noite tinha a resposta.
O sol vai acordar...
Sinto a falta das mãos.
Falta-me a entrega, o toque, o sentir dos sentimentos à flor da pele.
A falta...tu que quase não me ouves…
Simplesmente. Sentir a falta, tenho-te presente! É possível?
Como se tudo o que sinto fosse ausência de ti, uma ausência que antes de o ser era nada.
E sinto-te a falta mesmo assim.
Lembras-te quando te disse que talvez os maiores amores não sejam para viver mas apenas para sentir?
Talvez este "quase" amor seja assim.
Tentar! querem que sorria, que caminhe…
Caminho… e grito! Não porque querem.
Esta dor, neste momento, é muito mais... quando já nem sequer a sinto.
Parece que o mundo teima em ruir e eu vou junto…odeio me sentir tão fraca, sim! Só neste meu momento, quando no espaço exterior nada me devasta.
Porque raio não sou fria e vejo as coisas com desdém ou como elas são na verdade. E qual é a verdade?
Não é qualquer pessoa que nos "preenche", eu sei… nas coisas mais simples, nem nas decifráveis pelo silencio que nem sempre são as reais… Nem que seja no estar desse lado.
Sinto a falta das mãos.
Dói escrever aqui, mas também não consigo apagar nem cortar com o pouco que me resta das palavras.
Razões para viver… sim! As poucas que me fazem acordar junto com o sol...

1 comentário:

Teresa Durães disse...

Preencher... quando é difícil esticar o braço - quando nunca se fez.

A dor - a dor consome e deixa cair as mãos.

Não se é fraco, é-se.

Como se entregam sentimentos confusos que não se entendem? Como se entrega quando o medo é a palavra mais forte? Quando nunca se fez? E não se preenche, não se estica o braço, deixa-se cair as mãos. O que saber o que é o amor?

E por vezes tão pouco há razão para ver um novo dia - ou persiste o nada, ou se faz por hábito.