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sábado, 4 de dezembro de 2010

...

Às vezes sou precisa como bússola.
Em outras, me perco na vastidão de mim.
Às vezes sou asas imensas.
Em outras, sou chão, raízes firmes.
Às vezes sou âncora segura.
Em outras, um barco a deriva.
Às vezes sou olhar calmo e sereno.
Em outras, todo o espanto nos olhos.
Às vezes vou ao limite, sou ponto final.
Em outras, um mundo de reticências.
Em outras, o sentir da saudade.
Às vezes, a calmaria de águas plácidas.
Em outras, a ferocidade do mar revolto.
Às vezes, sou cores vibrantes.
Em outras, uma soturna palidez.
Às vezes, sou música contagiante.
Em outras, abissal silencio se faz.
Às vezes, sou inteira.
Em outras, sou fragmentos.
Hoje...

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Pensamento...

"Longe é um lugar que não existe...
Podem os quilômetros separar-nos realmente?
Se quer estar com alguém a quem ama, já não está lá?

Presentes de lata e vidro amassam e quebram num dia, somem para sempre. Mas eu tenho um presente melhor para ti.
... E quando esse dia chegar, deve dar seu presente a alguém que saiba que irá usá-lo bem, alguém que possa aprender que as únicas coisas que importam são as feitas de verdade e alegria, não as de lata e vidro.
Cada presente de um amigo é um desejo por sua felicidade."


[Richard Bach - Longe é um lugar que não existe]

sábado, 15 de setembro de 2007

Esquecer simples...


É chegada a hora...
É tempo de parar...
Esquecer...
Retornar ao caminho da razão!
Cortar o botão, para que a rosa não aflore
A semente foi lançada, germinou em solo fértil.
Estava crescendo a cada dia, mas não poderá florir.
Quanta ilusão, ousadia sonhar...
Esse amor jamais se deveria ter revelado!
Foi dor e lágrimas...
Tempo de esquecer!
E... existe essa magia, basta querer!

domingo, 9 de setembro de 2007

Simplesmente...


Porque esta noite é tão vazia?
Porque esta noite é tão sem ar?
Será que o teu estar frio (in)constante até muda as estações?
Tudo deveria ser diferente...
Mais fácil,
Talvez mais decente...
Eu queria ir mais longe,
Devia ter ido mais longe,
Ir além dos meus sonhos,
Mas também ir além dos sonhos dos que já não sonham mais...
Ir adiante sobretudo das realidades.
Eu queria ir mais longe...
Eu quis mudar o mundo,
Sonho dos tolos!
Eu quis simplesmente ser feliz,
Ilusão dos tristes!
Eu queria ir mais longe,
Onde a solidão dormisse,
E o falar do mar não fosse este lamento obstinado...
Eu podia ter ido mais longe,
Longe de mim mesma...

sábado, 8 de setembro de 2007

Pessoas únicas...


"It's easier to leave than to be left behind.", cantavam os REM há dois anos atrás. Lembro-me de na altura ter pensado muito nisto, no que custava mais - se deixar, se ser deixado - e de nunca ter chegado a uma conclusão muito certa sobre o assunto. No mundo dos vivos, quando somos nós a ir embora ou os outros a nos virarem costas, há sempre a possibilidade de mudar de ideias, de voltar atrás. Há sempre tempo para tudo, julgamos. Que erro mais cego, que lição mais cruel. Chega um dia que é cinzento, que não tem cheiro nem sabor, que não é igual a mais nenhum porque não é um dia, é uma noite sem fim, chega um dia que é cinzento, em que não sentes os pés porque já não sabes andar, não tens fome porque não há espaço para nada no vazio em que estás, chega um dia que é cinzento, em que descobres que chorar pode ser não deitar uma única lágrima, que querer abraçar pode ser ter medo, ter pavor de abraçar. O dia em que és deixado, em que te viraram costas. Não por uns tempos, não por semanas. Para sempre. No dia em que és deixado, quem te deixa está também a ser obrigado a deixar-te. Não quer ir embora, mas de um lugar qualquer o puxam com mais força que o nosso amor e o levam até a História deixar de o ser. Por isso a morte é um lugar estranho. Não se sabe onde está, quando vem, porque aparece, para onde vai, e o que por lá se faz. Por lá passei, e nada sei.
Se não fosse essa imposição do "ter de partir", hoje a minha avó estaria na terra presente em corpo,não ausente.E,garanto-vos,ela não queria ir embora por nada deste mundo, onde todos gostavam dela por ser a mais brincalhona e a mais simpática, a que mais lutou e a que mais colheu, a que mais sofreu e a que mais deu, a que mais riu, tanto, tão alto, tantas vezes. E deixou o legado do riso que vem dos confins da alma com a única neta, aquela que viu nascer, o primeiro sorriso, os primeiros passos, de mão dada entramos na escola da minha vida. Aquela que lhe quis dizer tantas coisas mas não foi capaz, porque o tempo corre mais depressa que o coração. A minha avó era única - não há cliché mais verdadeiro para a definir. E por ter sido única em vida, continua a ser única agora. Avó,sei que estás numa nuvem qualquer a acompanhar as minhas desventuras, nunca deixes de sorrir. Um dia... nesse tempo sem tempo, nos encontraremos no mesmo sorriso.

Não, hoje não estou em baixo. Hoje não sei onde estou.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Vida...


É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo "Pedro Sem",
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso...o eco dum lamento,

Sabe-se lá um beijo donde vem!
A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia...
A gente esquece sempre o bem de um dia.
isto é a Vida?

domingo, 2 de setembro de 2007

Finais...


O melhor das coisas é não lhes conhecer o fim. Acordar e não saber como vai ser o dia, adormecer e nem sonhar com quem vou sonhar. Partir sozinha e encontrar a companhia certa. Ficar sozinha em casa à noite e ouvir a campainha tocar. Deixar-me ir na vida, viver e deixar viver sem grandes opções do plano.
Não é tão fácil como entregar a existência a um esquema de vida cheio de programas e obrigações, mas é muito mais agradável, porque a vida está sempre à espreita, é só dar-lhe tempo e espaço. Alguem que eu adoro, me olhou e me disse repetidamente... "Estás a perder o teu tempo comigo" como um fim de algo, que nunca houve o principio... só no meu querer, no meu olhar, no meu sentir... sim, só sinto algo realmente marcante quando sei que não perco tempo em sentimentos fictícios por muito que sejam transparentes para o outro ser.
Por isso é que os finais são horríveis. Fica o vazio, deixo de ver ao longe, de repente, apagam-se as luzes e a vida fecha-se aos meus olhos. Depois do fim vem a pergunta fatal: E Agora? Dá-me vontade de ir à bruxa para ter uma ideia, mas resisto, até porque elas também se enganam. Aproveito o tempo para telefonar aos velhos amigos, arrumar gavetas e deitar papéis velhos fora, limpar a memória e deixar o coração de molho e carregar baterias.
Mas, o pior são as despedidas. É sempre horrível quando me dizem adeus, mesmo que seja só até logo à noite. Ouvir um adeus não é fácil, tal como dizer. Por causa de tanta dor e sofrimento que a palavra trás. As separações tornam-se irremediavelmente dramáticas, mesmo que seja por uns dias, ou até uma tarde. Nunca me dizem até já, a não ser que o reencontro seja daí a cinco minutos. Dizem sempre adeus, ou na melhor das hipóteses até logo porque logo se vê. Por isso que os fins doem tanto. Porque além de acabarem ainda tenho que me despedir.
Não, não gosto de dizer adeus nem de ver o fim de nada, sobretudo se não lhes vir o princípio. Prefiro dizer até um dia destes, mesmo que esse dia demore anos. Ou então, afastar-me sem uma palavra, e deixar no ar o mistério de não saber quando, como e porque é que nos voltaremos a encontrar. Assim não sou eu que ponho fim às coisas, mas as coisas que um dia acabarão, ou não, por si.

domingo, 26 de agosto de 2007

Para ti...

Mensagem que qualquer onda vai apagar...