domingo, 27 de janeiro de 2008

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O Dia Internacional em memória das Vítimas do Holocausto
Foi a 27 de Janeiro de 1945 que as forças aliadas libertaram os judeus que se encontravam no campo de concentração de Auschwitz.

não há história mais difícil de contar em toda a história da Humanidade” do que a do “Holocausto”.

E porquê? “Em primeiro lugar pelo sofrimento intenso de um povo, estilhaçando com fragor insuportável os limites do entendimento humano” – diz-nos Esther Mucznik*. “Até hoje, o genocício nazi, programado, sistemático e colectivo permanece para a civilização humana como a referência ética do mal absoluto”. Mas como foi tudo isto possível, quando ninguém esperava? E como foi possível que acontecesse a partir de um país de arte e de cultura? O certo é que tudo aconteceu de um modo sistemático e terrível. Daí que a obra agora saída corresponda à procura de uma consciência moral e cívica que possa contrapor o respeito ao ressentimento e a liberdade à servidão. Nesse sentido, o projecto do Conselho da Europa visa “suscitar o interesse dos jovens pela história recente do nosso continente e ajudá-los a estabelecer ligações entre as razões históricas e os desafios com os quais estão confrontados na Europa actual”. Está em causa a ajuda à criação de uma identificação europeia, o desenvolvimento da análise crítica, a sensibilização para a importância da diferença e do outro e o encorajamento aos professores para lançarem as bases de “um ensino europeu da história”. A dimensão europeia na Educação passa, assim, por um melhor conhecimento da realidade, de tragédia, de diálogo e de conflito, que nos antecedeu, com todas as suas implicações. O estudo da “Shoah” (expressão que significa “catástrofe” e que é utilizada para designar o genocídio perpetrado pelos nazis e seus aliados contra os judeus) e do “Holocausto” (sacrifício) deve, no fundo, permitir-nos ir além das apreciações simplistas ou do mero culto do ressentimento. É essencial entender as fontes da banalização do mal, para que, no futuro, possamos prevenir a sua ocorrência. De facto, entre o excesso de memória e a sua ausência, temos de encontrar um equilíbrio que permita não esquecer, sem fazer da lembrança um motivo de vingança.

*Esther mucznik, líder da comunidade israelita de lisboa.

4 comentários:

Sónia disse...

A verdade é que muitos optam pela ignorância, porque o comodismo do não saber é confortável.

Interessantissimo!

Teresa Durães disse...

em memória também descrevo o holocausto em hirishima e nagazaky

Teresa Durães disse...

*hiroshima

Fernando Santos (Chana) disse...

Boa homenagem.... A todas as vitimas do holocausto !