terça-feira, 17 de julho de 2007

..."Dear Leonard
To look life in the face, always to look life in the face...
And to know it for what it is
At last...to know it
And love it for what it is...
And then...to put it away...
Leonard, always the years between us
Always the years
Always the... love
Always the... Hours...

Há uma angústia que se infiltra nas palavras e nos pensamentos. Uma angústia em forma de saudade de um tempo que nunca existiu verdadeiramente. Um tempo do qual já não posso fugir.
Todo este sentimento estará sempre confinado a palavras para poder existir. Mas as palavras não conseguem substituir a vida nem os pensamentos nem a saudade... Mas parece nunca haver saída. É essa a ironia de quem só tem as palavras. "As Horas", para mim descrevem este sentimento de angústia (não as palavras as horas) mas a alma que as envolve. Tudo o que as palavras não podem dizer, as horas podem. São como instantes de realidades, pequenas visões que só tomamos consciência depois de desaparecerem, dentro do grande sonho... Saber reconhecer as mesmas emoções dentro e fora do sonho...é aqui que reside o mistério.

Saber que ele existe não acaba com a angústia da existência.

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