terça-feira, 28 de agosto de 2007

Morreu uma voz da Poesia Portuguesa.

Momento para registar um acontecimento..., se não for escrito agora, perde a actualidade:
O Poeta ALBERTO DE LACERDA faleceu aos 79 anos, 26 de Agosto, em Londres – onde se fixara na década de 50. A sua obra fez dele uma das vozes mais inconfundíveis da poesia portuguesa. Fundador, juntamente com David Mourão-Ferreira, da publicação Távola Redonda, a poesia de A. de Lacerda constitui um corpo importantíssimo para o conhecimento da poesia que se escreve em Portugal.

A sua obra poética foi reunida pela IN-CM em Oferenda I (1984) e Oferenda II (1994), mas há ainda volumes que excedem o seu opus já reunido (que não completo). Nada me dizem as efemérides, mas custa-me – ainda assim – que não se leiam os poetas que interessariam e se louvem os que não importam sequer à terra que os há-de recolher, ou já recolheu (para bom entendedor…)

Apropriado:
"O verde é muito verde
A luz mais clara
Do que nunca
As recordações são do tamanho
Do coração transbordante
O calor é Apolo
perpendicular à terra
Os pássaros
os esquilos
Atravessam a imaginação numa diagonal sem fim"

2 comentários:

woman feelings disse...

Bonita homenagem!


Bom dia! :))) Boa semana! :)))

Sorri á vida, faz dela um poema!

butterfly disse...

Um blog também serve para homenagear aqueles que, pela sua obra, deixam marcas intemporais.
Beijo